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terça-feira, 10 de setembro de 2019

A HISTÓRIA DE ROMA E O RAPTO DAS SABINAS.




               Para melhor entender  o rapto das sabinas vamos relembrar um pouco da história de Roma; como se deu o aparecimento de Rômulo e Remo. 
                 Ela começa por um período mais ou menos clássico ou lendário, durante o qual reinaram sete reis sucessivos  (de 754 a 510 a. C.). 
                  
                  A história mais antiga dos povos e das cidades se confunde geralmente com a lenda de Rômulo e Remo. Essa lenda se entrelaça com aquela da famosa guerra de Troia, cantada também pelo poeta Homero, na Ilíada, que foi travada mais de mil anos antes de Cristo, na longínqua Ásia menor. 
              Conta-se que, quando os gregos, vencedores, conquistaram e arrasaram aquela cidade, todos os heróis troianos foram massacrados, com exceção de Enéas, filho de Aquiles e da deusa Vênus. Ele conseguiu fugir da cidade em chamas, com seu filhinho Lulo e o velho pai Aquiles e, depois de uma longa e aventurosa viagem, chegou às costas do Lácio, onde vivia o povo dos latinos. Com a ajuda de outros povos locais, combateram contra aqueles e em particular contra os Rútulos, cujo rei, Turno, queria desposar lavínia, filha do rei dos latinos. Também Enéas aspirava á mão daquela princesa e, por desejo de Turno, homem forte e violento, realizou-se um duelo. Enéas, certo de seu destino de herói, atacou impiedosamente seu adversário e em breve sua espada caiu sobre Turno e matou-o. Enéas casou-se com Lavínia, tornando-se rei dos latinos. Lulo, seu filho, fundou uma cidade, denominada Alba, que, devido às suas casas dispostas em longa fileira, foi depois chamada de Alba a Longa
                  Desta cidade não tivemos notícias até o século VII a.C., quando, segundo a lenda, subiu ao trono de "Alba a Longa", Numitor. Amúlio, irmão do rei, mediante uma conspiração, depôs Númitor do trono e declarou-se rei de "Alba a Longa", obrigando Rea Sílvia, única filha do irmão, a tornar-se Vestal. As Vestais, inteiramente consagradas ao culto da deusa Vesta, não podiam casar, sob pena de morte. E essa foi a sorte de Rea Sílvia, quando Amúlio soube que ela tivera dois filhos do deus Marte. Segfundo os usos daquela época, a mulher foi enterrada viva e os dois gêmeos atirados ao Rio Tibre. 
                   Mas o servo, que deveria executar a ordem, pusera o cesto, onde se encontravam os dois meninos, sobre as águas do rio. O cesto encalhou entre os caniços das margens e os pequenos foram encontrados por uma loba que, ao invés de dilacerá-los, amamentou-os e protegeu-os. 
                 Mais tarde, o pastor Fáustolo recolheu-os, levou-os para sua choupana e criou-os como filhos e deu-lhes os nomes de Remo e Rômulo. Ao chegarem à idade adulta, Remo e Rômulo conheceram sua origem e em seus corações acendeu o desejo de vingar-se do usurpador. Mataram Amúlio e reconduziram ao trono Númitor, que desde longos anos mofava prisioneiro. 
               Em agradecimento, Númitor doou aos sobrinhos uma área de terra à margem esquerda do Tibre, não distante do ponto em que o pastor os encontrara. Os dois irmãos puseram mãos à obra, traçando, antes de tudo, o sulco que iria limitar a nova cidade. Era o dia 21 de abril do ano 753 A. C.  Como ambos desejassem dar o próprio nome à cidade, resolveram interpretar a vontade dos deuses, estabelecendo que aquele dos dois que visse voando maior número de pássaros seria o escolhido. Subiram a dois morros diferentes; Remo foi para o Aventino e viu sete abutres, e Rômulo, sobre o Palatino, avistou doze aves. A cidade de Rômulo passou a chamar-se Roma. Isto é o que conta a lenda. Mas é provável que o nome Roma significasse "a cidade do rio", e, em tal hipótese, dever-se-ia conjeturar que o nome de Roma não deriva de Rômulo, mas Rômulo e Roma:  Rômulus, o mítico fundador da cidade, o primeiro cidadão romano. 
                   Remo, desesperado, devido à vitória do irmão, ultrapassou, em gesto de desespero, o sulco; e Rômulo, tomado de cólera, matou-o impiedosamente, de mostrando, assim, que a ninguém era permitido ultrajar Roma. 
                  Quando tudo ficou pronto Rômulo acolheu os primeiros habitantes em seu pequeno povoado: eram bandidos salteadores obrigados a fugirem de suas terras, pastores sem morada fixa, homens rudes e ferozes. Foram esses os primeiros romanos, os progenitores daquele povo que iria conquistar o mundo. 
                   Dessa forma, Rômulo foi o primeiro rei de Roma, e conduziu várias guerras contas as aldeias vizinhas. Isso feito, dedicou-se também às terefas de paz. Dividiu a população em tribos e fez-se assistir por uma assembleia, denominada "senado", porque constituía de cidadãos já em idade avançada. 
                Mas a população da cidade era formada exclusivamente por homens; então (sempre segundo a lenda), Rômulo organizou uma festa em honra de Netuno e convidou para esta, as famílias de um povo limítrofe, os Sabinos . E, quando os jogos estavam mais animados do que nunca, Rômulo fez um sinal aos romanos, e estes atiraram-se para cima das moças sabinas e, entre o espanto dos sabinos, levaram-nas rapidamente para sua cidade. 
                 Os sabinos tomaram armas contra os romanos, mas as mulheres sabinas se intrometeram (estavam gostando da nova vida) entre os pais e os maridos, os quais acabaram confraternizando e resolveram fundir-se num só povo, embora conservando cada qual seu próprio rei.  Tito Sácio, que era rei do sabinos, foi morto, e Rômulo passou a reinar sozinho. estava, porém, convencionado que ao morrer este, seria eleito um rei sabino. E isso aconteceu quando, durante uma revista militar, desabou um tremendo temporal e Rômulo despareceu misteriosamente. Espalhou-se a notícia de que ele tinha assassinado pelos seus inimigos políticos, mas os senadores afirmam que o deus Marte o raptara em um carro de fogo, levando-o para o céu. 
                Rômulo foi, então, considerado um deus e adorado sob o nome de Quirino. O novo  rei sabino foi Numa Pompílio; religioso e pacífico, ele deu sábias leis ao seu povo, dividiu o ano em doze meses e erigiu um templo em honra ao deus Jano, cujas portas permaneceriam fechadas durante o tempo de paz e abrir-se-iam em tempo de guerra. 
                 O terceiro rei, Túlio Ostílio, foi, ao invés, belicoso. mandou arrasar "Alba a Longa", depois do combate entre os Horácios e os Curiácios. Os primeiros três irmãos romanos deveriam enfrentar em combate os segundos três irmãos curiácios. Dois dos Horácios já haviam tombado. O supérstite fingiu fugir, e os adversários passaram a persegui-los. Assim, ele pode enfrentá-los isoladamente e matá-los. 
              Anco Márcio, que sucedeu a Túlio Hostílio, era neto de Numa Pompílio. Foi um rei sábio e pacífico. Mandou construir a cidade e o porto de Ostia, a ponte Sublício e o cárcere Mamertino. 
              Os últimos três reis, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Sábio, foram etruscos. O primeiro, após haver usurpado o trono de Anco Márcio, derrotou os latinos e os sabinos. Mandou construir aquedutos, o Circo, o Fórum e a Cloaca Máxima. Sérvio Túlio foi o primeiro a criar moeda, por peio de cunhagem. Ampliou Roma, dando-lhe novas muralhas e deu ao povo uma constituição menos dura, o que lhe valeu a inimizade dos patrícios. Aproveitando-se do desconhecimento, o genro, Tarquínio, assassinou-o e tornou-se o último rei de Roma, sob o nome de Tarquínio, o Soberbo. Mandou matar cidadãos e sanadores e rodeou-se de um corpo de guardas armados daqueles fsci littri que, de origem etrusca, permaneceram para sempre como símbolo de autoridade e de justiça. 

               A República foi proclamada em 510, quando a população romana era, então, resultante da fusão dos romanes (tatinos), dos ticienes (sabinos) e dos luceres (etruscos). A implantação da república deu lugar à criação de novas funções, tais como o Consulado e a Ditadura. As lutas entre patrícios e plebeus duraram até o ano 300 da nossa era. Após consolidar seu interior, Roma passou à conquista da Itália (296 a 270) e, de 264 a 201 travou as duras guerras púnicas contra Cartago, que só terminaram com a destruição dessa grande rival, em 146 (terceira guerra púnica. A seguir, Roma reduziu a Grécia a província romana, intervindo no Oriente, mas passando a receber a influência benéfica dos helenos derrotados. Em breve tempo Roma se tornou senhora do mundo de então e, em 31 a. C. Otávio, seu grande general, foi proclamado imperador (imperatur), sob o nome de Augusto. Com a morte deste (em 14 depois de  Cristo) o poder supremo passou aos Césares (Tibério, Calígula, Claudio, Nero, etc.) e depois aos Flávios (Vespasiano, Tito e Domiciano). 
                

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O LEÃO COM SEDE - Nicéas Romeo Zanchett


Um leão que vivia na savana africana, durante o período de seca, ficou perambulando à procura de água. Estava com muita sede ate que finalmente encontrou um lago. 
Correu imediatamente para matar toda aquela sede que o devorava, mas chegando lá, ao olhar a água viu a imagem de um enorme leão. Era sua imagem, mas ele julgou que fosse de um inimigo. Então afastou-se imediatamente sem beber nada. 
Por várias vezes visitou o lago, mas sempre via a imagem de um leão e fugia. 
Os dias se passaram e ele não bebia nada. A sede aumentava muito e ele corria o risco de morrer.
Finalmente tomou a decisão; iria enfrentar aquele leão a qualquer preço, pois, caso contrário morreria mesmo. Ele aproximou-se do lago e quando tocou a água aquela imagem de leão desapareceu.
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Moral da história: Não devemos fugir dos perigos imaginários. Muitos pensamentos negativos predominam a ponto de impedir alcançar aquilo que se almeja. Enfrente seus medos e verá que são menores do que você.  

terça-feira, 9 de abril de 2019

O CAVALO E O PORCO - Nicéas Romeo Zanchett



Um certo fazendeiro tinha muitos cavalos, mas ambicionava comprar um belo animal do seu vizinho. Era um cavalo de corrida que sempre vencia. 
Depois de muito insistir, seu vizinho concordou em vendê-lo por uma bela soma. Foi um dia de muita felicidade. Porém, passados trinta dias, o cavalo adoeceu; ele então chamou o melhor veterinário da cidade. 
Disse o veterinário: - Seu cavalo está com uma grave virose; vou receitar este remédio que deverá tomar durante três dias. Entretanto, se ele não melhorar é melhor que seja sacrificado para não contagiar os outros cavalos. Volto daqui a três dias. 
O porco assistiu e escutou toda aquela conversa. Os remédios foram dados, mas o cavalo não melhorava. O animal estava muito desanimado, então, o porco se aproximou dele e lhe disse: 
- Caro amigo, se você não se levantar vai ser sacrificado amanhã. Faça um esforço e levante.
- Vamos lá, amigo, levante se não vai morrer! faça um esforço que eu te ajudo. 
No terceiro dia o veterinário voltou, e vendo que o cavalo ainda estava mal, disse ao seu dono: - Não adianta, ele precisa ser sacrificado para não contaminar os outros. Em seguida foi embora. 
O porco, vendo aquilo, aproximou-se do cavalo e lhe disse: - Amigo, é agora ou nunca; vou ajudá-lo levantar-se. Então o cavalo fez um esforço e levantou-se. Para provar que já estava bom saiu correndo pelos campos. O porco, com o amigo recuperado e sem risco de ser sacrificado, ficou muito feliz. 
De manhã, bem cedo, o fazendeiro chamou seu filho e lhe disse: - Vamos dar uma festa e convidar o veterinário. Mate o porco e compre bebidas para comemorarmos. 

Moral da história: Nem todo o bem que se pratica é reconhecido.