O REI AVARENTO E SEUS FIGOS
De contos do Talmud
Por Nicéas Romeo Zanchett
Houve um rei avarento que tinha muitas figueiras plantadas em seu pomar e medo que roubassem seus figos. Decidiu que deveria manter guardas durante 24 horas. Mas ele temia que os próprios guardas o roubassem. Por isso resolveu ter apenas dois, sendo um cego e outro coxo. E assim fez.
Passados alguns dias, o rei foi ver como estava a proteção de seus figos. Chegando ao pomar, logo percebeu que lhe haviam roubado, pois muitos frutos tinham desaparecido. Chamou logo seus dois guardas e perguntou como isso tinha acontecido.
- Eu não sei, disse o cego, pois não vi nada.
- Eu também não sei, disse o coxo.
O rei então lhes disse:
- Como isso é possível? se aqui não entrou ninguém, só pode ter sido vocês mesmos que roubaram meus figos.
O coxo logo se defendeu dizendo:
- Eu não podia apanhar o figos porque só tenho uma perna e não consigo subir em árvores.
- Eu também não podia roubar seus figos porque não os vejo.
Mas o rei que era muito esperto, logo descobriu que o cego tinha segurado o coxo de forma que este apanhasse os figos. Portanto tinha sido um trabalho em conjunto; o coxo teria se valido das penas do cego e o cego dos olhos do coxo. E então os dois foram castigados.
Nicéas Romeo Zanchett
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MORAL DA HISTÓRIA
Quando se trabalha em conjunto, tudo é possível e mais fácil.
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