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domingo, 11 de junho de 2017

A HISTÓRIA DE SANSÃO E DALILA - Por Nicéas Romeo Zanchett


Adaptação de Nicéas Romeo Zanchett 
A RIXA DE SANSÃO COM O POVO FILISTEUS
                      Por muito tempo os hebreus tiveram que viver sem um rei. Em seu lugar haviam homens sábios e valentes com poderes de juízes que os guiavam na obediência das leis  e os defendiam dos seus inimigos.  Um desse juízes se chamava Sansão que era famoso por sua extraordinária força com a qual defendeu os hebreus contra os filisteus, considerados como maus e cruéis. 
                    Sansão era tão forte que em certa ocasião enfrentou um leão agarrando-o pelas mandíbulas e estrangulando-o como se fosse um cordeirinho. 
                    Seu ódio pelos filisteus não era em vão. Em certa ocasião os cruéis filisteus conseguiram prendê-lo e manietá-lo. Sem reagir, Sansão deixou que fizessem tudo o que quiseram. Mas, depois de bem amarrado, fez um grande esforço e arrebentou todas as correntes como se fosse fios de linha; em seguida apossou-se de uma mandíbula de burro e usando-a como se fosse uma espada matou  mais de dois  mil filisteus. 
                   Em outra ocasião os filisteus preparam-lhe uma armadilha. Era noite e Sansão estava a sós e numa cidade inimiga. Os filisteus o amarraram na porta da cidade e  já contavam alegremente o sucesso de seu feito, certos de que não conseguiria escapar. 
                   Aquela cidade, como tantas outras daquela época, era bem protegida por uma enorme e alta porta, tão alta como a torre de um castelo. Mas nada disso adiantou. Sansão apoiou seu ombro na porta e a arrancou com fechadura de bronze e tudo; em seguida saiu correndo pelos campos dirigindo-se para uma montanha como se estivesse carregando uma cesta de frutas. 
DALILA E SUA TRAIÇÃO 
                 Sansão conheceu uma mulher chamada Dalila e encantou-se por ela. Sua intenção era honesta, mas não sabia que aquela mulher era traiçoeira e perversa. Para enganá-lo, na primeira oportunidade que teve aproximou-se de Sansão fingindo ser sua sincera amiga. Não sabia ele que aquela mulher havia acertado com seus inimigos que iria aniquilá-lo pela quantia de mil moedas. 
                 Depois de se mostrar muito carinhosa, Dalila perguntou-lhe qual o segredo de toda aquela força que possuía dizendo o seguinte: - Sansão, eu o admiro muito por sua força, pois não existe nenhum laço que seja capaz de prendê-lo; você é tão forte que se desfaz de qualquer amarra como se fosse um simples fio de seda; por muito amá-lo gostaria de saber se existe alguma forma de resistência que poderia detê-lo. 

                  Sansão então contou-lhe a seguinte história: - Só existe uma forma de prender-me: Eu não conseguiria escapar se fosse amarrado com sete cordas feitas de pele de boi ainda fresca e úmida; isso me transformaria num homem tão fraco como qualquer um. 
                 Seus inimigos então providenciaram as sete cordas e o amarraram, mas bastou uma pequena sacudidela para que as cordas se rompessem em pedaços. 
                 Mas Dalila, traiçoeira e persistente, tornou a perguntar-lhe como seria possível subjugá-lo. 
                 Sansão então já sabendo que trava-se de uma armadilha  disse-lhe: -Acredito que seria necessário nove cordas em vez de sete. 
                 Voltaram a amarrá-lo e desta vez com nove cordas, mas foi só um pequeno esforço e elas arrebentaram-se em pedacinhos. 
                 Dalila, como sempre muito ardilosa deixou passar algum tempo. Sempre carinhosa com Sansão ela se mostrava a mais fiel das amigas. 
                 O tempo passou e um dia, sem querer,  Sansão deixou escapar seu segredo...
                 - Ora Dalila, minha força está nos meus longos cabelos  que nunca foram cortados.
               Dalila não disse nada. Esperou que ele adormecesse, pegou uma tesoura cortou todo o seu cabelo o mais rente que pode. 
               Ao despertar, percebeu que estava careca; seus cabelos haviam sido cortados e ele perdera sua força. 
               Os filisteus não perderam tempo, trancaram-no num cárcere e lhe arrancaram os olhos. Em seguida levaram-no para um pátio onde havia a roda dos presos. Ali o pobre e infeliz Sansão passava os dias dando voltas como se fosse um cavalo cego! 
                Com isso os filisteus sentiram-se vitoriosos e esqueceram que os cabelos voltariam a crescer e com eles a força de Sansão. Quanto mais seus cabelos cresciam mais aumentava sua força. 
A VINGANÇA FINAL DE SANSÃO
                Chegou o dia em que os filisteus celebrariam seus feitos numa grande festa. Depois de muito terem comido e bebido trouxeram o cego Sansão para para divertirem-se, fazendo dele o alvo de suas zombarias.
                No palácio havia mais de três mil pessoas, contando mulheres e crianças. Todos se divertiam e riam do pobre prisioneiro e de sua desgraça por não poder mais enxergar. Como estava sego Sansão era conduzido pela mão por um pobre garoto filho de escavo. 
                O garoto que conduzia Sansão era seu admirador, mas nada falava para não ter a mesma sorte. Sabendo disso Sansão lhe disse: - Meu amigo, conduza-me até o meio das duas colunas da grande sala para que eu possa descansar um pouco apoiado nelas. Você poderá deixar-me ali e ir brincar com seus amiguinhos que todos estão bêbados e nem irão perceber. Aquelas duas colunas apoiavam a grande abóboda do palácio onde acontecia a festa.

                 Feito isso, Sansão esperou que o garoto se retirasse em em seguida apoiou-se nas duas colunas, concentrou-se e invocou ao seu Deus que lhe restituísse todas as sua forças. Abraçou, então,  as duas colunas ao mesmo tempo e gritou aqui morrerei com todos os filisteus.  Em seguida derrubou as colunas com a abóboda sobre si e seus inimigos filisteus. Ali ficou sepultado para sempre com seus inimigos. 
Nicéas Romeo Zanchett 




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